terça-feira, 1 de maio de 2012

VOCÊ SABIA QUE O BEBÊ POSSUI MEMÓRIA MUSICAL?

Estudos comprovam que o feto está rodeado de sons como a respiração da mãe, os batimentos de seu coração, sua voz e os movimentos peristálticos dos órgãos internos. E esses sons se tornam importantes e necessários para ele, qualquer alteração  desses sons e ritmos pode acarretar problemas para o feto e ele já sente a diferença. O bebê, então, desde a fase intra- uterina já está rodeado de uma paisagem sonora.

Elliot e Elliot (1964) confirmaram fisiologicamente que a cóclea humana tem função adulta normal após a vigésima semana de gestação. Baseado nesta descoberta foram feitos mais estudos e cientistas comprovaram que o feto poderia ouvir bem a voz da mãe, outras vozes (só não com perfeição ) e sons do meio ambiente. A voz da mãe tem um grande poder de penetração, devido à maneira suave e cantante que fala com o filho. E essas vozes são muito importantes, pois farão parte da constituição do indivíduo e influenciarão no desenvolvimento da fala mais tarde.
Hoje os estudos da medicina moderna comprovam que quando a mãe ouve muito uma música durante a gestação, o bebê pode reconhecê-la depois. Há vários casos relatados de mães que afirmaram que quando seus filhos estavam agitados colocavam para eles a música que elas ouviam quando estavam grávidas e o bebê se acalmava parava de chorar e os batimentos cardíacos e respiração alterados  diminuíam. Em outros casos os bebês se agitavam ao ouvir tal música. Isto comprova que o bebê se lembra da música que ouvia quando era apenas um feto.
Segundo Dr. Benenzon (1985- Musicoterapeuta)“… é freqüente observar que a mãe pianista, no sexto mês de gravidez, deve abandonar a prática do instrumento, como também sua ida a salas de concerto, pelas contínuas sacudidas do feto. Foi relatado o caso de uma mãe, com intensa angústia e ansiedade, que durante seus últimos meses de gravidez, acalmava-se com a audição de Madame Butterfly. Ao nascer seu filho, comprovou-se que a audição de Madame Butterfly era o único  estímulo que acalmava seu pranto.”
Um dos fundamentos da Musicoterapia é esta relação  do homem com o som, desde a vida intra- uterina. Por isso se torna possível trabalhar, por exemplo, com uma criança que não fala não possui nenhum contato, pois pode-se abrir um caminho de comunicação através de sons que ela conhece, através da identidade sonora que caracteriza ou identifica todos os seres humanos. E esta relação com o universo sonoro não-verbal (intra – uterina) será de extrema importância para contextos terapêuticos posteriores.
Muitas gestantes estão procurando a Musicoterapia para desenvolverem uma gravidez mais tranqüila, sem stress e já, para começarem uma comunicação com seus bebês. O importante para todas as mães é que percebam a importância do som e da música para os filhos, por isso é que devem conversar, cantar, fazer carinho, mas não só quando estão dentro da barriga e, sim, a vida toda.

Bibliografia:
- BENENZON, Rolando. Manual de Musicoterapia. Rio de Janeiro. Enelivros, 1985.
- PEREIRA, Raquel e OLIVEIRA, Fernando de. Da Comunicação Pré- Natal à Massagem Para Bebês. Rio de Janeiro. Enelivros, 1996.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Berçário I - Já estamos almoçando

Esta semana começou diferente para nós. Estamos almoçando na escola. Que delícia !!! Papas, caldo de feijão, purê, sopa, uma diversidade de pratos, conforme a aceitação de cada um. A Cecília e o Cauã, se deliciam com a sopinha, deliciosa feita com todo o carinho pela nossa amiga Leonilda. O Cauã não rejeita nada, mas a Cecília reclama dos pedacinhos de carne ou alguma verdura que é colocada. Precisamos separar ou disfarçar para acostumar-se com as diferentes consistências dos alimentos. O Heitor come sopinha leve, ainda está experimentando os sabores mas manda ver. A Rafaelly e o Elias, há pouco começaram a degustar os alimentos e ainda comem alguns legumes só com caldo de feijão, mas para o Elias, o Leite da mamãe é melhor, faz cara feia e devolve tudo o que oferecemos, continua resistindo ao suco, às frutas e à sopa. Já a Rafa, tudo que é oferecido prova com gosto e come direitinho, ainda reclama se demoramos... O Gabriel, nosso mascote, apesar de ter apenas três meses já está comendo papinhas salgadas. O purê de batata ele adora e hoje lhe oferecemos purê de moranga, também adorou. Mas a mamadeira com o leite da mamãe é ainda o seu alimento preferido. Infelizmente nem todas as mamães podem ficar com seus bebês até completarem seis meses, oferecendo apenas o leite materno, cientificamente comprovado o melhor alimento.

Alimentação dos bebês


O que muda na alimentação do bebê 

O período entre os 6 e os 9 meses é cheio de mudanças na alimentação do bebê. A grande novidade desta fase é que só o leite sozinho, seja o materno ou a fórmula em pó, passa a não dar mais conta de todas as necessidades nutricionais que o bebê tem para continuar crescendo forte e saudável. Chegou a hora de comer comida também! 

A partir dos 6 meses, o sistema digestivo já está mais maduro, e o organismo é mais forte para enfrentar eventuais infecções ou alergias causadas por novos alimentos. 

Aos poucos, o bebê vai começar a comer frutas amassadas e raspadas e gradativamente passará para as papinhas salgadas, primeiro no almoço e depois no jantar. Tudo sem pressa, com muita paciência, mas também com persistência. 

O leite materno, no entanto, continua a ser um alimento importante e reconfortante para o bebê, e, segundo o governo brasileiro e a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ideal é que seja oferecido até os 2 anos de idade ou mais. 

quarta-feira, 21 de março de 2012

Mais sobre a adaptação


O período de adaptação neste ano tem tido uma dinâmica diferenciada, em função da falta de pessoal. A escola optou por iniciar com a turma de berçário I pelo período da manhã, para irmos encaminhando as adaptações. Como ficamos entre duas e são muitos alunos com idades de 2 meses a 9 meses, fizemos uma escala, sendo que cada grupo fica duas horas.
Até hoje, apenas estranharam e estão fazendo adaptação  os alunos Cauã, Davi e Cecília. Já obtivemos progressos com a Cecília, que no dia de hoje não chorou.  Como vinha chorando muito, combinamos com a mãe reduzir o tempo para meia hora. Foi uma boa estratégia,  pois  ontem chorou pouco e hoje mostrou-se mais à vontade, ficando no tapete, brincando com os brinquedos e mamando. Neste período tivemos dificuldade inclusive com o mamá que a Cecília não estava aceitando.
Com o Cauã propusemos outra estratégia, mudar o horário da adaptação, que a princípio era as 9 e 30. Solicitamos que a mamãe o trouxesse às 8 horas pois o aluno estava dormindo na escola e isso dificulta a criação de vínculos com as profes. Mas a estratégia não foi aprovada. Da mesma forma, o Cauã chorou, ficando só no colo das educadoras e dormindo após chorar. Apesar do choro avaliamos progresso na sua adaptação pois tem ficado menos tempo chorando, já aceita brincar por pequenos períodos no tapete, principalmente com balão e aceita o suco e a fruta quando lhe oferecemos. Particularmente no dia de hoje, o Cauã ficou muito bem, choramingou ao chegar  às 9 e meia e dormiu. Ao acordar brincou com a professora com os móbiles, com balão, sentou-se no tapete acompanhado e explorou alguns brinquedos. Não foi por muito tempo, mas cada progresso comemoramos com muita alegria. Só chorou forte quando viu a mamãe, como um desabafo de saudade.

sábado, 17 de março de 2012

  O COMEÇO NA PRÉ ESCOLA - Texto Adriana Tavares

Ao entrar na pré-escola, a criança vive um momento delicado, pois tem que aprender, de uma só vez, a afastar-se do convívio familiar e a criar novas relações afetivas. A emoção das primeiras separações é muito forte. Ela se pergunta: "Por que tenho que vir para cá?" "A professora vai cuidar de mim?" "E se minha mãe não voltar?" Os pais também sentem. "Será que meu filho vai ficar bem?"

Para que essa primeira separação não seja muito sofrida, as boas pré-escolas propõem um programa de adaptação que ajuda a criança a fazer amizades e a entrar aos poucos na rotina da classe. Geralmente, o primeiro passo é uma visita à escola com o filho antes do início das aulas. Depois, a mãe, o pai ou, quando não for possível, a babá ou a avó deve ficar com a criança na escola por um certo período. Esse tempo vai diminuindo até que ela se sinta segura, crie vínculos de afeto com a professora e conheça o espaço e os colegas. Só assim ela vai estar à vontade para brincar, participar e aprender. O tempo de adaptação varia muito. As crianças mais tímidas e as com menos de 3 anos podem precisar de duas ou até de três semanas.

Algumas dicas:
Não fique perguntando à criança se ela quer ir à escola. Ela não é capaz de decidir sozinha. É preciso que os pais estejam muito seguros de sua opção, caso contrário a criança vai perceber.

Procure matricular seu filho no início do ano ou do semestre. Assim ele não será o único aluno novo no grupo. Para encorajá-lo, deixe-o levar seu paninho ou brinquedo preferido. É uma maneira de manter o vínculo com sua casa.

Evite colocá-lo na escola pela primeira vez num momento que coincida com dificuldades ou transformações na família, como morte de alguém querido, divórcio dos pais, nascimento de um irmão ou mudança de casa. Nessas horas, seu filho precisa estar junto de você.

Mesmo depois de uma familiarização bem-sucedida é comum haver retrocessos. Após uma semana sem a mãe na escola, muitas vezes a criança fica triste, agressiva ou não participa das atividades em grupo. Também pode apresentar comportamento regressivo em casa, como chupar o dedo ou fazer xixi na cama. É difícil saber ao certo por que isso ocorre. Talvez uma briga com amiguinhos ou a ausência da professora por um dia. Busque informações na escola o quanto antes e combine uma ação conjunta com a professora.

É importante lembrar que a separação é um processo que gera sentimentos que precisam ser entendidos. Os pais não devem se sentir envergonhados se o filho não aceita a nova situação com a mesma facilidade de outras crianças. Cada um pode ter uma reação diferente em momentos de mudanças. Se ele não tiver se adaptado após três semanas, deve-se considerar a possibilidade de adiar o ingresso na escola por seis meses ou um ano.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Primeiro dia de Aula

Hoje foi meu primeiro dia de aula com minha turma de Berçário I. Assim como para os alunos, para mim também foi um dia de adaptação. Tenho como monitora a amiga Débora Rosa, profissional dedicada e comprometida com a educação, que divide comigo esta responsabilidade.
Fizemos uma escala, já prevendo choros e estranhamentos.
O primeiro a chegar foi o Heitor. Olhos assustados, cabelo arrepiado, muito sério, observou tudo e não chorou. Aceitou os brinquedos que lhe oferecemos e manteve-se tranquilo durante a hora em que estivemos juntos.
Logo em seguida chegou a Cecília, olhar maroto, atenta a tudo. Logo se envolveu com os brinquedos que oferecemos, mas a cada barulhinho vindo do lado da porta, esticava-se toda e ficava procurando alguém conhecido, assustou-se com o choro do colega Cauã e também chorou. Dormiu um soninho rápido antes de ir pra casa com a mamãe que ficou na pracinha aguardando para levá-la.
A Rafaelly foi a mais tranquila, chegou, sentou-se junto aos demais, brincou, comeu fruta, dormiu, enfim não importou-se nem um pouco com o choro dos outros.
O Cauã chegou no carrinho e parecia tranquilo. A mamãe entrou na sala, conversou um pouquinho e saiu. resolvi pegá-lo no colo e levar para brincar com os colegas, mas minha intenção não foi bem interpretada, ele começou a chorar desesperado. E vai embalo, conversa, brinquedo, troca de colo, mas nada. A Débora tomou conta, queria levá-lo pra rua mas sozinhas, não tinha como, e ele chorou... chorou e cansou até que dormiu... e ao acordar ficou mais tranquilo, tomou até um suco. E logo foi embora  com a mamãe que já estava de coração apertado.
Neste meio tempo chegou o Davi, olhar desconfiado, cabelos ruivos pele branquinha... parecia muito tranquilo. Olhou os brinquedos dos colegas, começou a fazer beicinho e acompanhou o Cauã num choreiro só. Foi difícil acalmar. Se aconchegou no meu colo, depois de muito argumento e pegou no sono, soluçando.
Por dez  minutos ficamos, eu e a Débora, refazendo as energias, tomamos uma aguinha e  acorda o Davi. Assim como o Cauã, se acalentou no meu colo e ficamos brincando até a hora que a vovó o levou.  
Por hoje chega.